quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Criança

Achava que tornara-se maduro.
De uma maneira positiva, via-se insensível à quase todas as dores e capaz de enfrentá-las.
Que a solidão não era necessariamente ruim e que era forte o suficiente para enfrentar o mundo sozinho.
Ser distante era estar seguro.
Fazer o bem sem olhar a quem garantiria felicidade plena.

Até que em lágrimas, redescobriu-se criança.
Percebeu-se carente da companhia de pessoas que se importavam. Da companhia física.
Sentiu falta daquele abraço que nunca foi dado, e daquelas palavras que permaneceriam silenciosas.
Frágil e assustado. Despreparado. Com medo do que viria.
E com mais medo ainda do que poderia não vir.

2 comentários:

  1. Que forte isso Rica! Triste mas sincero, profundo!! Muito bom!!!!!
    Como voce escreve bem! Amei. Agora vamos voltar a sorrir. Bjs Lily

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  2. Eu já li esse seu texto em algum lugar, se não foi no facebook foi aqui mesmo, apenas não comentei, e olha que faz tempo que tu postou!
    Esse texto é lindo e eu não tenho outro adjetivo nem nada a acrescentar.
    Teus textos me inspiram, Ric!

    beijo

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